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Diagnóstico tardio de leucemia infantil pode ser fatal: especialista alerta sobre a importância da informação

A Dra. Catherine Moura, médica sanitarista e CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), sublinhou recentemente que, no caso da leucemia aguda, apenas um terço dos pacientes recebe diagnóstico em até uma semana após o aparecimento dos sintomas. A demora no diagnóstico, muitas vezes devido à falta de informação sobre a doença, pode colocar em risco as hipóteses de recuperação, principalmente nas formas mais agressivas de leucemia.

 

 

 

 

A leucemia infantil, uma das formas de cancro mais comuns entre as crianças, exige diagnóstico rápido para aumentar as chances de cura. Contudo, a Dra. Catherine Moura, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), alerta para um dado alarmante: “Nas leucemias agudas, que têm uma evolução bem rápida e são consideradas urgência médica, apenas 1/3 dos pacientes consegue o diagnóstico em até uma semana. Isso é muito delicado e pode custar a vida da pessoa”. Esta afirmação reflete a dificuldade em diagnosticar precocemente a doença, o que compromete as chances de tratamento eficaz, principalmente em casos mais graves.

Os primeiros sinais de leucemia infantil, como cansaço excessivo, hematomas inexplicáveis, febre persistente e dores ósseas, são muitas vezes confundidos com sintomas de doenças comuns, como​ gripes ou outras infecções virais. Este facto torna difícil para os pais e até para os profissionais de saúde identificarem imediatamente a doença. A falta de informação e a pouca visibilidade sobre a leucemia contribuem significativamente para o diagnóstico tardio, resultando numa janela de tratamento mais curta e maior risco de complicações graves.

As leucemias agudas são formas altamente agressivas da doença, que se espalham rapidamente pela medula óssea e outros órgãos. A progressão rápida das células cancerígenas significa que o tratamento deve ser iniciado sem demora. Caso contrário, a doença pode evoluir de forma irreversível. De acordo com a Dra. Moura, a rápida identificação e o tratamento adequado nas primeiras semanas são fundamentais para garantir uma recuperação bem-sucedida.

Em Portugal, a leucemia representa cerca de 30% dos casos de cancro infantil, com aproximadamente 400 novos diagnósticos registados anualmente. A Sociedade Portuguesa de Oncologia Pediátrica tem trabalhado para melhorar o diagnóstico precoce, mas o atraso no reconhecimento dos sintomas continua a ser um problema. Dados da Abrale revelam que 83% dos pacientes diagnosticados com leucemia nunca tinham ouvido falar da doença antes de receberem o diagnóstico, o que reflete uma falta significativa de educação pública sobre o tema.

​Felizmente, os tratamentos para leucemia infantil avançaram consideravelmente nos últimos anos. A quimioterapia continua a ser a principal abordagem terapêutica, mas novas opções, como a imunoterapia, terapias alvo e transplantes de medula óssea, têm mostrado resultados promissores.

A terapia CAR-T (células T modificadas geneticamente) é uma das inovações mais recentes, com resultados excepcionais em casos de leucemia linfocítica aguda, onde o tratamento convencional não foi eficaz. No entanto, o sucesso desses tratamentos depende, em grande parte, do diagnóstico precoce, já que a doença pode se tornar mais resistente ao tratamento se não for tratada nos primeiros estágios.

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A afirmação da Dra. Moura sobre o diagnóstico tardio da leucemia infantil é sustentada por diversos estudos e relatórios de organizações como a Sociedade Portuguesa de Oncologia Pediátrica e a Abrale, que destacam que a taxa de sobrevivência aumenta consideravelmente quando a doença é diagnosticada precocemente. A evidência científica e os dados das instituições de saúde confirmam que o atraso no diagnóstico reduz as possibilidades de sucesso do tratamento e aumenta o risco de complicações graves.

A Dra. Catherine Moura destaca que a informação é a chave para salvar vidas. Campanhas de sensibilização para a leucemia infantil e formação contínua dos profissionais de saúde são essenciais para garantir que os sinais da doença sejam reconhecidos precocemente. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores serão as hipóteses de tratamento eficaz e cura. Por isso, é fundamental aumentar o conhecimento da população sobre os sintomas da leucemia, pois, como afirma a Dra. Moura, “quanto mais cedo se age, mais vidas se salvam”.

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